Ano novo, vida nova: é o desejo de todos nós! Mesmo que tenhamos dificuldades esperamos dias melhores, com amor, saúde, paz! Na E. M. Cardeal Arcoverde também é um momento de mudanças. Nova direção: Nancy e Isabel, aprovadas pela SME/RJ e pela comunidade escolar vão estar na liderança pelos próximos três anos! Estamos todos muito confiantes e otimistas! Ainda estamos de férias (docentes, alunos e alguns funcionários) mas elas estão no maior pique organizando turmas, horários, arrumando a escola... para a retomada das atividades de mais um ano letivo!
Para começar 2012, posto aqui uma entrevista com Brian Perkins, publicada na revista Nova Escola, edição 016, out/nov 2011.
Brian Perkins discute a influência do clima escolar na aprendizagem
Pesquisador norte-americano afirma que desempenho melhora quando o gestor confia na equipe, nos professores e nos alunos
Preocupados com a qualidade do ensino, muitos diretores concentram sua atenção na resolução de problemas relacionados a formação de professores, aquisição de material didático, infraestrutura etc. Tudo isso é muito importante. Contudo, questões que não são tão facilmente mensuráveis às vezes são deixadas de lado. Alguns exemplos: os docentes acreditam no potencial dos estudantes? E a capacidade dos professores em bem ensinar é reconhecida? O que os jovens comentam sobre o local em que estudam quando estão em casa ou com os amigos? Diretor do programa de liderança de Educação Urbana na Universidade de Columbia, Brian Perkins analisou as impressões de cerca de 30 mil alunos e cinco mil professores e gestores de instituições norte-americanas. Ele constatou que o bom desempenho dos estudantes também depende da confiança que diretores e professores têm na capacidade de eles aprenderem e das impressões positivas que têm da escola em que estudam.
Na definição de Perkins, o clima escolar depende de três fatores: da estrutura física, das relações entre as pessoas e do que ele chama de atmosfera psicológica. Compõem esses dois últimos itens o respeito, a confiança entre os pares, o acolhimento e a sensação de segurança. Claro que a construção de um bom ambiente depende da atitude de todos e de cada um. Porém cabe ao diretor reforçar a ideia de que todos são capazes de aprender e incentivar a boa convivência. "Quando há uma liderança e ela é bem exercida, a harmonia vira parte da cultura do lugar e continua mesmo depois de o gestor deixar o cargo", explica o pesquisador. Em maio, Perkins esteve no Brasil para participar do seminário Impacto do Clima Escolar no Aprendizado, organizado pela Fundação Lemann, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, e concedeu a seguinte entrevista à GESTÃO ESCOLAR.
O que mais afeta o aprendizado: a qualidade do ensino ou o clima?
BRIAN PERKINS O ambiente não é mais importante do que o ensino em si, mas é tão importante quanto. Se alguém me perguntar se é possível ter bons resultados sem um bom clima escolar, respondo que sim. Excelência, no entanto, acho pouco provável. O ambiente harmonioso pressupõe relações saudáveis entre professores, estudantes e funcionários. Sem esse elemento, as crianças e os jovens podem até dominar a leitura e a escrita, mas terão dificuldade em desenvolver habilidades sociais, tão requisitadas no mercado de trabalho. Alunos de escolas pouco acolhedoras tendem a se comunicar mal e a não saber trabalhar em equipe. Se o ensino cultiva os hábitos da mente, o ambiente é o responsável pelos hábitos do coração. E ambos são imprescindíveis para a formação do ser humano.
É o ambiente que contribui para a melhoria do ensino ou vice-versa?
PERKINS Eles andam juntos. Porém, se a situação geral da escola não é boa, recomendo começar investindo na mudança do clima. É mais fácil planejar ações para incentivar a boa convivência ou aprimorá-la. As mudanças no ensino devem ser concomitantes, mas demoram mais para se concretizar. Imagine um hotel, por exemplo. Antes de começar a construí-lo, o dono deve ter em mente qual a imagem que ele quer passar aos hóspedes: se a de um espaço aconchegante, opulento ou moderno. Só então ele vai decidir a decoração da recepção e dos quartos e o cardápio do restaurante - tudo em função do ambiente que quer criar. No caso da escola, o diretor deve antes observar as particularidades da comunidade e definir as condições ideais para que os alunos aprendam. Com base nisso, é possível elaborar o projeto político-pedagógico escolhendo os conteúdos relevantes e a melhor maneira de ensiná-los.
Como medir um conceito tão subjetivo como clima de trabalho?
PERKINS Não existem índices concretos. Nesse caso, a percepção é que se torna realidade. O diretor pode até estar equivocado, mas, se ele acreditar que o ambiente não vai bem, vai agir como se isso fosse verdade. O mesmo vale para professores e alunos. Por isso, o diretor deve procurar saber se eles se sentem seguros, respeitados e envolvidos com o trabalho e com a aprendizagem. Foram basicamente perguntas relacionadas a esses aspectos que fiz na minha pesquisa. As questões podem ser adaptadas de acordo com as necessidades da escola. O importante é perguntar e debater para que todos compartilhem as impressões.
Na definição de Perkins, o clima escolar depende de três fatores: da estrutura física, das relações entre as pessoas e do que ele chama de atmosfera psicológica. Compõem esses dois últimos itens o respeito, a confiança entre os pares, o acolhimento e a sensação de segurança. Claro que a construção de um bom ambiente depende da atitude de todos e de cada um. Porém cabe ao diretor reforçar a ideia de que todos são capazes de aprender e incentivar a boa convivência. "Quando há uma liderança e ela é bem exercida, a harmonia vira parte da cultura do lugar e continua mesmo depois de o gestor deixar o cargo", explica o pesquisador. Em maio, Perkins esteve no Brasil para participar do seminário Impacto do Clima Escolar no Aprendizado, organizado pela Fundação Lemann, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, e concedeu a seguinte entrevista à GESTÃO ESCOLAR.
O que mais afeta o aprendizado: a qualidade do ensino ou o clima?
BRIAN PERKINS O ambiente não é mais importante do que o ensino em si, mas é tão importante quanto. Se alguém me perguntar se é possível ter bons resultados sem um bom clima escolar, respondo que sim. Excelência, no entanto, acho pouco provável. O ambiente harmonioso pressupõe relações saudáveis entre professores, estudantes e funcionários. Sem esse elemento, as crianças e os jovens podem até dominar a leitura e a escrita, mas terão dificuldade em desenvolver habilidades sociais, tão requisitadas no mercado de trabalho. Alunos de escolas pouco acolhedoras tendem a se comunicar mal e a não saber trabalhar em equipe. Se o ensino cultiva os hábitos da mente, o ambiente é o responsável pelos hábitos do coração. E ambos são imprescindíveis para a formação do ser humano.
É o ambiente que contribui para a melhoria do ensino ou vice-versa?
PERKINS Eles andam juntos. Porém, se a situação geral da escola não é boa, recomendo começar investindo na mudança do clima. É mais fácil planejar ações para incentivar a boa convivência ou aprimorá-la. As mudanças no ensino devem ser concomitantes, mas demoram mais para se concretizar. Imagine um hotel, por exemplo. Antes de começar a construí-lo, o dono deve ter em mente qual a imagem que ele quer passar aos hóspedes: se a de um espaço aconchegante, opulento ou moderno. Só então ele vai decidir a decoração da recepção e dos quartos e o cardápio do restaurante - tudo em função do ambiente que quer criar. No caso da escola, o diretor deve antes observar as particularidades da comunidade e definir as condições ideais para que os alunos aprendam. Com base nisso, é possível elaborar o projeto político-pedagógico escolhendo os conteúdos relevantes e a melhor maneira de ensiná-los.
Como medir um conceito tão subjetivo como clima de trabalho?
PERKINS Não existem índices concretos. Nesse caso, a percepção é que se torna realidade. O diretor pode até estar equivocado, mas, se ele acreditar que o ambiente não vai bem, vai agir como se isso fosse verdade. O mesmo vale para professores e alunos. Por isso, o diretor deve procurar saber se eles se sentem seguros, respeitados e envolvidos com o trabalho e com a aprendizagem. Foram basicamente perguntas relacionadas a esses aspectos que fiz na minha pesquisa. As questões podem ser adaptadas de acordo com as necessidades da escola. O importante é perguntar e debater para que todos compartilhem as impressões.
Bem legal !!!! Tomara que a gente consiga !! bjks
ResponderExcluirMuito bom... Temos tudo para dar certo, então!
ResponderExcluirUm feliz 2012!!!
Obrigada pela visita e pelo carinho de vocês, Larissa e Ana Carla! Bjs!
ResponderExcluirOi minha linda! É um prazer saber que fazemos algo que seja valorizado pelos outros, ainda mais por aquela amiga em que confiamos nossos ideais, nossas expriências, nossas alegrias e até tristezas.
ResponderExcluirCom certeza vai dar certo, pois vi no olhar da querida Nancy o quanto ela valoriza o trabalho trabalho na escola. Ela e vocês, equipe, vencerão todos os obstáculos, que, certamente, terão, pois a vida é assim e nossas escolas têm vida!
Bjs e boa sorte!